sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A maior parte da poluição do ar é produzida como resultado da queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Esses combustíveis foram formados durante milhares de anos a partir de plantas e animais mortos. Os depósitos se formavam e eram finalmente cobertos por outras rochas e comprimidos. Eles permaneceram praticamente intactos até a metade do século XIX. Desde então, são usados em quantidades cada vez maiores para mover veículos, aquecer edifícios nos países frios e fundir metais como o ferro.
Quando o combustível é queimado, não libera apenas energia, mas muitos produtos químicos, incluindo enxofre e nitrogênio contidos no material orgânico. Essas substâncias são dois dos mais importantes ingredientes na chuva ácida. Enxofre e nitrogênio são subprodutos indesejáveis na queima dos combustíveis, sendo geralmente lançados diretamente na atmosfera onde se acreditava que se dispersavam sem riscos.
Hoje sabemos que não é assim. Eles se convertem rapidamente em dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, os quais podem ser julgados prejudiciais ao meio ambiente.

As quantidades lançadas na atmosfera são espantosas: cerca de 24 milhões de toneladas de dióxido de enxofre por ano na América do Norte e 44 milhões de toneladas na Europa. É o suficiente para encher completamente cerca de 150 petroleiros! A maior parte do enxofre vem das fábricas e usinas termelétricas.

A quantidade de óxidos de nitrogênio produzida é menor, mas mesmo assim chega a 22 milhões de toneladas na América do Norte e 15 milhões de toneladas na Europa Ocidental. A maior parte dos óxidos de nitrogênio provém da emissão dos motores dos veículos. À medida que o tráfego aumenta em até 20% ao ano na Europa, é provável que o problema se agrave, a menos que se tomem providências imediatas.


O que acontece com a poluição do ar?
Uma parte da poluição rapidamente se precipita ao solo, antes de ser absorvida pela umidade do ar. Deposita-se nas árvores, edifícios e lagos, geralmente na área onde foi produzida. É a chamada precipitação seca. Estes depósitos se formam e mais tarde se combinam com a água da chuva, transformando-se em ácidos.
O resto da poluição pode permanecer no ar por mais de uma semana e é transportada pelo vento a longas distâncias. Durante esse período, as substâncias químicas reagem com o vapor d’água na atmosfera, transformando-se nos ácidos sulfúrico e nítrico diluídos. Esses ácidos também reagem com outras substâncias químicas na atmosfera formando poluentes secundários. Destes, o ozônio é um dos mais perigosos, pois prejudica a vegetação.

Quando a precipitação ácida ocorre sob a forma de neve, os problemas para o meio ambiente são retardados, mas podem ser muito piores posteriormente. Durante o inverno, a neve se acumula no solo, retendo seus ácidos. Na primavera, quando a neve derrete, há um súbito fluxo de água que corre pelo chão até os rios e lagos. Eventualmente, ácidos que ficaram retidos por seis meses são liberados em poucas semanas. Estas correntezas ácidas, como são chamadas, são particularmente prejudiciais para plantas e animais.
A ação do vento
Por volta de 1661, cientistas da Grã-Bretanha descobriram que a poluição industrial podia afetar a saúde das pessoas e as plantas das redondezas. Com o crescimento industrial nos séculos XVIII e XIX, aumentaram os danos para a saúde das pessoas e para o meio ambiente. Entretanto, ninguém pensava que a poluição pudesse ser transportada para muito longe. Então, em 1881, um cientista norueguês descobriu um fenômeno que ele chamou de precipitação suja, o qual ocorria na costa oeste da Noruega, onde não havia indústria poluidora. Ele suspeitou que viesse da Grã-Bretanha. Hoje os cientistas provam, sem sombra de dúvida, que a poluição é conduzida pelo ar a grandes distâncias. Se alguma prova adicional fosse necessária, seria fornecida pelo acidente na usina nuclear de Chernobyl, que produziu chuvas radioativas em áreas da Europa Ocidental e Oriental. Os efeitos dessa chuva radioativa sobre o ambiente podem perdurar por dezenas de anos.
A que distância a poluição pode alcançar?
Se você olhar para a fumaça que sai de uma chaminé, verá que em poucos dias do ano ela sobe verticalmente. Na maior parte das vezes ela se inclina, porque o ar ao redor da chaminé está em movimento. Mesmo quando parece haver apenas uma brisa próxima ao solo, nas camadas mais altas o vento pode ser bem mais forte.
A poluição que sai das chaminés é levada pelo vento. Uma parte dela pode permanecer no ar durante uma semana ou mais, antes de se depositar no solo. Nesse período ela pode ter viajado muitos quilômetros. Mesmo um vento fraco de 16 km/h poderia transportá-la para além de 1600 km em cinco dias. Quanto mais a poluição permanece na atmosfera, mais a sua composição química se altera, transformando-se num complicado coquetel de poluentes que prejudica o meio ambiente.
Nas mais importantes áreas industriais do Hemisfério Norte, o vento predominante (aquele que sopra com mais freqüência) vem do oeste. Isso significa que as áreas situadas no caminho do vento, que sopra destas regiões industriais, recebem uma grande dose de poluição. Cerca de 3 milhões de toneladas de poluentes ácidos são levados a cada ano dos Estados Unidos para o Canadá. De todo o dióxido de enxofre precipitado no leste canadense, metade dele provém das regiões industriais situadas no nordeste dos EUA.
Resolvendo os problemas:
° no termostato do aquecimento central nos países frios, se gastaria bem menos combustível. Em vez de aumentar o aquecimento, as pessoas poderiam se agasalhar melhor. Dirigindo mais devagar, reduzindo-se a quantidade de óxido de nitrogênio produzida pelos motores. Em alguns países, os limites de velocidade poderiam ser reduzidos. Um limite de 80 km/h parece estabelecer uma boa combinação entre velocidade e a poluição. Uma grande quantidade de energia e poluição poderia ser poupada, se mais pessoas utilizassem regulamente o transporte coletivo, em vez de se deslocarem em seus próprios carros. Isso, evidentemente, exigirá uma atuação mais decidida do poder público para melhorar esse tipo de transporte.

Conservação de energia:
O modo de vida ocidental envolve o consumo de grande quantidade de energia no transporte, na indústria, na refrigeração, na iluminação e na preparação de alimentos. Todavia, calcula-se que se empregássemos os combustíveis de modo mais eficiente e adotássemos medidas para conservar energia, ainda poderíamos desfrutar de um auto padrão de vida consumindo a metade da energia. Quanto menor for a quantidade de energia consumida, será proporcionalmente menor a quantidade de poluição produzida.

Uso de fontes alternativas de energia
Carvão, petróleo e gás natural são usados para suprir mais de 75% das exigências mundiais. Essas fontes fatalmente se esgotarão um dia. É possível utilizar fontes naturais inesgotáveis de energia. São as chamadas fontes renováveis de energia. Elas incluem a energia hidrelétrica (uso de energia das quedas d’água para acionar geradores); Biomassa (queima de matérias orgânica de origem vegetal ou animal); energia geotérmica (uso do calor natural das profundezas da crosta terrestre); Energia das ondas do mar e das marés; E a energia eólica dos moinhos de vento. A energia nuclear, que é gerada a partir de fissões atômicas, também é renovável e não produz poluentes como o dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogênio. Por outro lado, existe muita gente que vive atemorizada pelos perigos dos acidentes nucleares e se preocupa com o acondicionamento do lixo atômico.

Entre os recursos renováveis, a energia hidrelétrica é uma das mais desenvolvidas, fornecendo 25% da eletricidade mundial. No entanto, essa quantidade poderia ser extremamente aumentada, com um mínimo de prejuízo para o meio ambiente. Atualmente, destina-se muito pouco dinheiro para a pesquisa e o desenvolvimento da energia eólica e das ondas do mar. Com tudo, as fazendas de vento da Califórnia, EUA, mostram que energia não poluente pode ser produzida de modo economicamente viável e em quantidade suficiente.
Uso de combustíveis com baixo teor de enxofre
Nem todo o carvão ou petróleo contém grande quantidade de enxofre. Passando a explorar essas fontes, a quantidade de poluição poderia ser reduzida. Mas qual seria o efeito sob aquelas áreas onde as pessoas trabalham na mineração de combustíveis fósseis com alto teor de enxofre? Haveria muito desemprego?
Remoção da poluição na fonte
O enxofre pode ser removido do combustível antes de ser queimado e vendido para a indústria como subproduto. Isso realmente melhoraria as perspectivas de empregos nas áreas de mineração, mas somente o seu carvão ainda pudesse ser vendido por um preço elevado. Alternativamente, o enxofre pode ser removido da fumaça antes que esta seja lançada na atmosfera. Pode-se fazer isso utilizando dispositivos chamados dessulfurizadores, que são instalados nas chaminés. Sua função é borrifar cal sob a fumaça.
Mudança no nosso comportamento
Há atitudes que cada um de nós pode tomar agora para reduzir os problemas de poluição. Por exemplo, diminuindo apenas 2

Educação
A educação desempenha, sem dúvida alguma, um papel importante na conscientização sobre os problemas ambientais.
A não ser que as pessoas se conscientizem da seriedade do problema, pouco incentivo haverá para que os cientistas atuem adequadamente.
Os países escandinavos reconheceram que a chuva ácida era uma das causas principais da acidificação de seus lagos. Aceitando essa evidência, a maioria dos países concorda em reduzir suas emissões. Alguns, entretanto, mostram muita má vontade e afirmam que são evidências mais contundentes para provar que o dióxido de enxofre causa de fato um grande malefício ao meio ambiente.

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